Um dia ao embarcar mais uma vez nesta descida, encontrei você, e você procurava algo que eu poderia oferecer, você queria prazer, carinho, romance...
De meu canto, observei com o canto de meus olhos o canto suave de sua voz. E neste canto de encantos, encontrei-me dominado e apaixonado pela musa, pela deusa de voz doce.
Fecho os olhos e imagino meu peito devastado pelo sopro nuclear da saudade arrasadora que ela me faz, vejo prédios, passam praças; cantam vozes, mas ela não chega até mim. Vasto mundo vasto sem porteiras, por que me fizestes assim? Que fiz para merecer este coração apaixonado e esta alma de poeta, regidos por um juízo de passarinho? Por que eu tinha que vir a este mundo com esta necessidade tão grande de trocar amor com as pessoas?
Nenhuma resposta do vasto mundo, fica apenas a certeza de que nunca mudarei, pois a poesia é meu pão de cada dia, o amor é o ar que respiro, e você é a mulher que hoje desejo.
Na minha mente reside apenas o vazio de sua ausência, no meu peito habita a solidão cruel de sentir-se só estando acompanhado, a terrível vontade de ser amado por alguém. Por que somos assim? Será que é inerente à humanidade querer sempre mais? Será correta esta busca incansável pelo novo, pelo desconhecido; pelo amor?
De onde vem esta minha paixão pelo desconhecido? O que ela fez? Qual poção mágica ela me enviou pelo olhar? Por que sinto esta falta de ar quando penso nela? De que é feito a matéria dos sonhos? Por que essa louca vontade de tê-la em meus braços?
Às vezes tenho gana de quebrar o vidro de minha alma e deixa-la escorrer pelos campos do senhor, para sair em forma de nevoa à caça da pantera negra que se esconde na escuridão do desconhecido, já não penso mais direito, já não sinto mais nada, apenas resta a desilusão de saber que jamais seremos apenas um do outro, mas é sempre bom sentir-se vivo, é ótimo saber que podemos conquistar e sermos conquistados. É maravilhoso saber-se feliz, mesmo estando no perigoso fio da navalha de uma aventura de sexo e prazer, de amor e romance.
Caruaru
Inferno astral doce e quente
26 de dezembro de 2001
meu amigo não tenho palavras que fale de suas poesias,como eu disse para você as vezes morbido,as vezes inspirado nos poetas românticos da segunda geração.
ResponderExcluiro que eu posso dizer que são otimos seus poemas pelo menos eu to gostando.
SUAS POESIAS SAO TODAS BOAS,MAS ESSA MEXEU COMIGO,JÁ ME SENTI EXATAMENTE ASSIM...
ResponderExcluir