sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Um conto (Real) de uma grande e especial amiga (Maria S.)



Um conto (Real) de uma grande e especial amiga (Maria S.), que tive o prazer de presenciar o desenrolar da narrativa.

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O AMANHECER PARA O ENCONTRO

Finalmente chegou o grande dia tão esperado, o dia estava maravilhoso e muito mais iluminado do que de costume, a ansiedade e a tensão estavam a flor da pele, mas uma coisa Maria sabia: a certeza de que estava acordando para seu nascimento como submissa real.

Ao se levantar ela foi diretamente para o banho, e depois foi escolher a roupa que iria vestir, uma vez que seu Mestre não impôs o que deveria vestir, apenas escolheu a cor da lingerie. Olhou roupa por roupa e optou por uma calça leg marron e um camisão ao qual se sentia bem sempre quando o usava.

Saiu de casa e foi para o trabalho, mas não conseguia se concentrar pois as sensações do encontro com seu Mestre vinham a tona em uma mistura de medo, nervosismo, ansiedade e alegria. Afinal o dia tão esperado tinha chegado. Trabalhou até as 14hs, saiu e foi direto para rodoviária com seu medo e sua tensão aumentando. Comprou sua passagem para as 15:30, olhou no relógio e ainda eram 15hs, parou em um quiosque e comprou um salgado pois se lembrou que não tinha comido nada. Depois foi se sentar para aguardar que a chamassem para o embarque.


Nesse tempo ela começou a pensar em como seria tudo. Desde a chegada, o período que ela ficaria com seu Mestre, etc. Por mais que ela tivesse confiança, o medo estava incontrolável.

Na hora marcada, ela embarcou rumo ao seu novo nascimento.

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A CHEGADA

Foi uma viagem tranqüila de apenas 2hs, chegando na rodoviária ela ligou para seu Mestre avisando de sua chegada. Quando desligou, ela voltou para dentro da rodoviária e se sentou, inquieta, aguardando a chegada de seu Mestre, minutos esses que serviram para aumentar sua ansiedade.

Não passou mais que 5 minutos para que Maria avistasse seu Mestre, seu amado Mestre, aquele que faria nascer a partir daquele dia a mais pura e verdadeira submissa de alma.

Ao vê-lo de longe e percebendo que ele não havia lhe avistado, Maria ainda ficou olhando por alguns instantes até que suas pernas parassem de tremer e assim criar a coragem de se levantar e seguir na direção de seu Mestre. No momento enquanto caminhava em sua direção, Maria teve a visão mais bela e simples de seu Mestre, a visão sincera que olhava ao redor procurando-a até que ela parou alguns metros a frente Dele.

Ao vê-la, seu Mestre abriu aquele sorriso ao qual ela teve a total certeza que estaria bem e protegida.

ele pegou em suas mãos e a puxou para dar-lhe um abraço e a partir dali Maria esqueceu todos os seus medos e receios.

Caminharam de braços dados até o carro onde ele abriu a porta e segurou para que Maria entrasse, e ali começou o encanto quando ela se perguntou: "Como um Mestre pode ser tão gentil e cavalheiro a ponto de segurar a porta para uma simples submissa."

ele entrou no carro e perguntou a ela: " Podemos ir até a beira do Rio onde tem alguns barzinhos e assim podermos conversar um pouco antes de irmos para casa onde prepararei seu janta?"

E ela apenas respondeu: "Sim, meu Mestre."

Mas novamente Maria se pegou pensando admirada: “Como assim ele me perguntar se eu queria, eu apenas sou uma submissa que está ali entregue a ele.”

Os dois foram conversando sobre vários assuntos e pelo percurso ele foi lhe mostrando alguns lugares turísticos, mas Maria estava hipnotizada por seu Mestre e não estava prestando atenção nos lugares somente Nele.

Chegaram em um barzinho perto da margem do Rio Piracicaba e o Mestre escolheu a mesa para se sentarem e ele puxou a cadeira para que Maria se sentasse e com isso a fez pensar novamente:" Será que essa gentileza toda é somente até iniciarem o jogo?"


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NOS DOMÍNIOS DELE

Ficaram mais ou menos umas 2hs ali e depois seguiram para casa Dele, chegando lá ele lhe mostrou sua casa, seu cães, sua gata, sua marcenaria e depois se sentaram na cozinha onde ele iniciou os preparativos para o jantar.

Após o preparo onde eles não paravam de falar sobre assuntos dos mais variados, ficou tudo maravilhoso e delicioso. Maria passou a se sentir não mais uma simples submissa, mas sim uma princesa! Pois assim que Mestre acredita que deve ser tratada uma submissa: Como a uma "princesa".

Depois do jantar se sentaram na sala e após alguns minutos ele pediu licença e foi para o banho, repetindo seu ritual de preparar-se. Maria ficou ali com a televisão ligada, porém ela estava perdida em seus pensamentos tentando imaginar o que aconteceria dali para frente. Perdida em seus pensamentos Maria não percebeu que seu Mestre já havia saído do banho e somente sentiu a mão Dele que veio por trás e tirou-lhe o óculos e colocou-lhe uma venda e falou em seu ouvido: " Quero que aguarde aqui."

O coração da Maria começou a bater acelerado, ela começou a ter dificuldade para controlar sua respiração e após alguns minutos, deixada ali vendada e sozinha, seu Mestre , sem nada a falar pegou nas mãos dela e ali se iniciou o primeiro guiar de seus passos com a sua total confiança Naquele que a segurava.

ele a levou até o quarto e a colocou sentada em uma cadeira, tirou-lhe a venda e sentou-se a sua frente e lhe perguntou se ela estava pronta para o que ele queria mostrar. ele estava descalço e perguntou para ela se sabia o porque dele estar descalço. Maria apenas respondeu:" Não meu Mestre."

ele explicou que não poderia estar de sapato pois ali naquele quarto iria passear uma alma submissa e ele não poderia sujar aquelas pegadas com a sola de seu sapato. Após sua explicação, Maria achou lindo o respeito ao qual seu Mestre estava tratando sua alma submissa que se preparava para florescer ali.

ele pegou uma almofada, onde repousava a coleira que ele daria a ela. Ela admirou-se e achou bela, era vermelha com detalhes em prata e azul e Maria se emocionou quando seu Mestre explicou o significado da coleira e em seguida colocou em seu pescoço, tudo era muito novo para ela.

Depois ele pegou os pés dela e lhe tirou os sapatos dando-lhe um beijo em cada pé, pediu para que Maria tirasse apenas sua blusa e enquanto isso ficou em pé a sua frente e com a venda nas mãos ele lhe perguntou se ela sabia quem usaria a venda e Maria disse que seria ela, pois sabia que a venda era colocada na submissa e ele lhe disse que não, seria ele que usaria pois ele queria lhe mostrar algo que chamou de "O Jogo do Cego".

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O JOGO DO CEGO

Após colocar a venda em seus próprios olhos, ele pegou uma corda de sisal retorcido e começou a desenrolar cada centímetro dela. Maria não sabia o que aconteceria, essa incerteza do que seria feito aguçava sua curiosidade e sua ansiedade aumentava. No ar, a música de Jean Michel Jarré invadia os ouvidos de ambos.

Após ter a corda totalmente desenrolada ele uniu as duas pontas e foi deslizando até que tivesse em suas mãos o meio da corda, colocou em volta do pescoço da Maria e iniciou o que se tornaria o mais belo Shibari que Maria tivesse visto em qualquer foto! Era como se os olhos de seu Mestre estivessem em suas mãos, a perfeição de cada nó em cada local do corpo dela onde a corda deslizava como uma serpente, era perfeito. Ao término, ele fez totalmente vendado o mais lindo e belo Shibari.

Após terminar, ele sentou-se e por alguns momentos admirou tudo em silencio. Quando as cordas foram retiradas, ele a algemou e com um chicote hípico começou a experimentar a reação dela aos golpes. Era necessário estabelecer os limites dela contra a dor. Um cheiro de incenso de rosas, e cravo e de canela se impregnava por todo o ar do quarto.

Enquanto ele a golpeava, ele começou a dizer que a cada batida do chicote na carne, o cérebro respondia com uma reação de proteção, como se reagisse a dor de maneira torturante como a um castigo. ele pediu para que mentalmente ela percorrer o caminho que a dor fazia desde o local do impacto, imaginasse a criação das sinapses indo pela coluna, chegando no cérebro e o cérebro mandando de volta imediatamente ao local da dor sua mensagem de auto-proteção. ele explicou-lhe que o cérebro era insidioso e que tentaria impedir sua libertação. Que ela tinha que começar a entender que a mente dela que controlava o cérebro e em conseqüente, seu corpo.

Porém para surpresa e vergonha dela, a cada sensação de dor, foi sendo liberto um sentimento de raiva, um olhar de ódio para com seu Mestre, um olhar que O desafiava, mas ele com toda a calma e lucidez chegou bem perto do ouvido dela e fez com que apenas com palavras, aquele olhar se desmanchasse e fizesse com que ela voltasse a razão, lembrando-se que estava ali sendo ensinada e que tudo o que estava acontecendo seguia a regra do SSC ( São,Seguro e Consensual). Seu cérebro começa a perde aquela batalha inútil contra a mente dela.

ele fustigou-a de diversas formas, desde com clamps, chicotes, vibradores, e açoites, MUITOS açoites com chicotes hípicos, de couro, palmatórias e enfim: com as próprias mãos. Sempre que ia mudar de açoite, de posição, acessório ou lugar, ele a vendava, e só durante as mudanças de cenas é que ela era privada de sua visão. De repente ele a deixou amarrada no quarto e saiu dizendo que voltaria logo.

Nesse momento em que ficou sozinha, Maria ficou relembrando as palavras de seu Mestre sobre percorrer o caminho da dor. Ela estava exausta, e apesar de não conter vários gemidos, estava suportando a tudo com resignação, honra, prazer e submissão. ele voltou para o quarto, soltou Maria e a levou para sala onde novamente foi amarrada às paredes, tendo seus braços mantidos estendidos em direções opostas e com os pulsos um pouco mais altos que a cabeça. Ela estava no centro da sala, não havia parede em suas costas para dividir ou aliviar o seu peso contra os grilhões em seus pulsos. Apesar de ela estar na ponta dos pés, tendo seu equilíbrio posto à prova a cada respiração, conseguia controlar sua respiração e tentar acompanhar os impulsos elétricos de seu corpo e tentar interceptar a mensagem cerebral de fugir, se proteger, lutar contra. Usando o meio do chicote hípico como um cane, ele golpeou suas nádegas com tamanha força e de tal forma, que o ar era retirado dos pulmões dela sob forma de pequenos gritos. ele parou o açoite e ao seu ouvido perguntou-lhe se ela ficaria calada ou se precisaria de mordaças. Sabendo que teria ânsia com a mordaça, ela afirmou que ficaria em silencio e se resiguinou a de olhos fechados sentir seu corpo respondendo a um chamado ancestral, algo que vinha de dentro de seu útero. Ela não imaginava que tudo aquilo a levaria próximo a um ponto que ela jamais imaginou que poderia chegar tão perto, o Subspace.


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A VISÃO DO SUBSPACE PARA MARIA

Maria estava amarrada pelos braços e seus pés separados para que não tivesse como move-los. ele estava em seus pensamentos mais profundos, procurando alcançar os limites da dor de Maria, enquanto ela seguia as orientações, para que percorresse com a mente o caminho da dor que sentia e que não deixasse que seu cérebro comandasse. Como em um passe mágico, Maria conseguiu e começou a percorrer cada centímetro da dor que estava sentindo e se sentiu como se estivesse se desprendendo de seu corpo, como se sua alma submissa quisesse sair! Era como se sua alma pudesse ver o belo espetáculo de seu desabrochar para que florescesse. Mas quando tudo perdeu o sentido, quando seus olhos perderam a luz e seu corpo convulsionou em prazer, ela percebeu que se afastava daquele lugar que mal entrara, que apenas vislumbrou ao largo, de passagem. Foi quando ela percebeu que suas amarras estavam sendo soltas, que ela não se segurava mais em pé e que eram os braços dele que estavam amparando o seu corpo febril, suado e Trêmulo.

Maria não conseguia mais sustentar suas pernas, a visão, mesmo que distante do subspace, avistada por sua alma fez com que ela não quisesse mais voltar, queria ficar ali. Observando e sentindo o prazer de sua libertação. Mas teve que voltar, porém com a certeza que em breve estará totalmente liberta.

Após se recuperar, Maria foi tomar um banho e saindo do banho foi deitar-se aos pés do seu Mestre enquanto ele via TV, e ali por alguns instantes conversaram e ela beijou seus pés por diversas vezes, agradecendo ao que havia sido exposta. Logo adormeceu, acordando apenas para ir deitar ao lado de seu Mestre que a colocou em seu peito e com isso voltou a dormir em um sono tranqüilo e com a certeza que estaria protegida.

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O DIA SEGUINTE

Maria foi acordada pela manhã por seu Mestre com um delicioso café da manhã na cama, o que mais uma vez a deixou encantada e somente confirmou o que ele sempre disse: "Uma submissa deve ser tratada como uma princesa antes, durante e depois do jogo."

Após o delicioso café eles foram se sentar na sala e começaram a conversar sobre tudo o que havia acontecido na noite anterior, ele se levantou e pegou um delicioso vinho tinto seco e serviu a Maria e prosseguiram a conversa.

Depois ele se levantou e disse a ela que iria tomar um banho e ela já imaginou: "Iniciaremos o jogo novamente."

Ao sair do banho ele colocou a coleira em Maria e a levou para o quarto, fechando as janelas e a porta, deixando tudo escuro como a noite, mais uma vez a música invadiu o ambiente e o cheiro de incenso recomeçou seu vôo pelo ar do quarto. E então iniciou-se novamente uma longa e extenuante seqüência de movimentos, açoites e conversas curtas ao pé do ouvido dela, sempre entrecortadas pela privação de sua visão a cada mudança de movimento.

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O CAVALO
Presa na parede com as pernas e os braços abertos por cordas negras, ele afastou o Maximo o corpo dela da parede e entre suas pernas colocou um cabo de madeira grosso, com mais ou menos um metro e meios de comprimento. No alto de sua cabeça pendia uma corda de seda vermelha, que foi passada entre a parede e suas costas e atada à ponta do cabo, mantendo ele de um lado na exata altura de sua púbis, enquanto a outra ponta toca o chão. Na sua frente colocou um cavalete e aos poucos foi erguendo a outra ponta do cabo que ainda estava livre. Aos poucos ele foi erguendo a madeira roliça, pressionando sua púbis e clitóris ao máximo, ao mesmo tempo em que ia esticando as cordas cada vez mais. Agora Maria já respirava compassadamente e tentava entender cada momento de dor, compressão, dilatação e torção que cada músculo de seu corpo experimentava.

Quando todo o seu peso estava sendo sustentado apenas pelos pulsos e pela púbis, e tendo seus pés sendo puxados para baixo pelo outro conjunto de cordas em seus tornozelos, ele se afastou e admirou a perfeita obra de arte desenhada pelas cordas rubro e ébano e pelo seu corpo moreno contra a parede branca. Após essa contemplação ele parou e disse a Maria que a deixaria ali, amarrada, vendada e em cima do cavalete, pois iria fazer o almoço, ela apenas respondeu “Sim Senhor” e resignou-se a continuar sozinha, mostrando ao seu cérebro que sua mente podia dominar seu corpo.

ele saiu e depois de alguns instantes retornou com um copo de vinho e permitiu que ela tomasse alguns goles no qual ele com toda gentileza do mundo colocou em sua boca com o máximo de cuidado para que não caísse uma só gota, enxugou seus lábios com um guardanapo branco e novamente saiu.

Maria começou a pensar e relembrar tudo o que havia acontecido e ao mesmo tempo sentia vergonha das várias vezes que durante o jogo ter desafiado seu Mestre com aquele olhar de raiva que por algumas vezes se atreveu a aparecer novamente.

ele voltou ao quarto e soltou as mãos dela dos grilhões, libertando braços e pernas, soltou o cabo do cavalete e novamente ela tinha seu peso sustentado por suas próprias pernas. ele colocou as algemas e perguntou se estava tudo bem, levantando a venda. Após a confirmação que estava bem, ele voltou a vendá-la e segurou em seus ombros guiando-a pela casa, pelo caminho ela sabia estava indo para a cozinha.

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COZINHANDO

Chegando na cozinha, ele a colocou deitada no colchão e sem entender nada ela ficou deitada, esperando o que aconteceria. ele percebendo a tensão e ao mesmo tempo a curiosidade da Maria, tirou-lhe a venda e ela pode perceber que ele havia posto um colchão aos pés do fogão, onde ela agora estava deitada de lado e com as algemas prendendo-lhe o pulso. E ali ela ficou aos pés do seu Mestre, vendo ele cozinhar.

Após o almoço ficar pronto, ele tirou as algemas, deu um abraço e um beijo em sua testa e pediu-lhe que ela fosse se banhar. E ao sair do banho ela encontrou uma mesa posta com uma deliciosa comida que fumegava nos recipientes em cima da mesa.

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PARTIDA

Após o almoço ele a levou até a rodoviária e antes de subir no ônibus Maria abraçou seu Mestre, agradecendo pelo lindo final de semana e por tudo que passaram juntos

Ao sentar-se no ônibus ela tinha a certeza que a partir daquele final de semana, tinha se iniciado o nascimento da submissa de alma que dentro dela estava aprisionada, e que iniciou o polimento de uma linda joia como assim ele a chamou: "Você a partir de hoje será a minha pérola."

E Maria seguiu seu caminho com a certeza de que em breve estaria novamente com seu amado Mestre.

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Um comentário:

  1. Linda narrativa... um sonho compartilhado da minha querida amiga Maria.. linda, vc merece dada segundo vivido.. sua alma é maravilhosa... que sejas sempre feliz em sua submissão!!..
    Bjos!!

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