terça-feira, 27 de agosto de 2013

Cigana

Cigana

Nem mesmo o mais bem pago dos menestreis a serviços de fidalgos nobres e poderosos poderiam cantar tua beleza cara moça.
Pois para isso não se existe paga ou valor.
Talvez uma busca intima nas sinapses naturais que nos ligam ao todo fosse um principio para a busca de palavras que pudessem louvar tua estética bela.
Mas... ô meus olhos de esteta que não param de me envergonhar!
Não posso olvidar a percepção desse teu olhar esquerdo, que arqueando as sobrancelhas transparecem algo de profundo, de inato e de pesaroso.

Que buscas esse olhar não conseguiu ainda?
Que horizontes esse olhar tanto anseia?
E esse delinear de lábios, cujas marcas laterais denotam que tantas e tantas vezes você teve o semblante tomado por forças sisudas, por sentimentos malvados que te marcaram a face.
Ergue teu olhar menina forte!
se não te sentires poderosa, busca teu poder. abre tuas asas invisíveis espana o pó das articulações que a muito não foram usadas. espreguiça-te espantando o travamento dessas longas asas que a muito você se esqueceu delas.
Lembra quando de tua infância? que você olhava as nuvens e sentia que podia tocar-lhes? lembra quando pela janela, os pingos da chuva te fazia nostálgica, lembrando de um tempo que jamais existiu? Lembrados sonhos que você nunca os teve, mas que te perseguem nas sombras?
Tudo isso eram tuas asas que por algum sortilégio foram escondidas.
Ponha suas garras à mostra doce menina!
Arreganhe sua arcada dentária e mostre suas presas doce loba!
abra tuas asas e voe!!!
VOE doce anjo!!!
E acredite, tem sido um inenarrável prazer interagir com tão doce e educada dama.
Obrigado pela oportunidade de lhe conhecer.
Marcelo Manoel da Silva
27 de agosto de 2013
com fome, com sede; e sem nada ou ninguém que sacie minha alma...

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