sexta-feira, 29 de novembro de 2013

"Luisa Ferreira"

Ha "Luisa Ferreira"... quem me dera ter seu centro e a maturidade que tens com tão tenra idade.

Amore mio, pequenino anjo que me acolheu quando eu tanto precisava.

mesmo se esse planetinha de merda terminasse hoje, pelos incontáveis séculos da eternidade, minha alma ainda escutaria o eco de tuas palavras minha doce menina.
Você nao precisa interagir para transformar onde quer que você esteja, num lugar melhor.

Pessoas como você não merecem estar no meio dessa escumalha vil e vilipendiosa.
Meninas educadas de seu calibre não deveriam pisar nessa lama fétida que é a frequencia deste pleneta.


Damas reais e plenas, como predestinada és a ser quando idade para isso tiveres, não deveriam macular-se no meio de tanta falsidade.

E digo mais: espíritos iluminados como você não deveria perder tanto tempo com seres baixos, reles e atraidores de falsidade. você não deveria perder seu tempo lindo, pleno e alegre com poços de mágoa e traumas feito eu sou.

Ha menina... por séculos sem fim meus átomos vagaram pelas ondas cósmicas até que aqui se juntaram e formaram esse monte de carne podre que sou, esse pasto de vermes que agora te escreve.

Por tantos milhares de ano-luz minha memória ancestral foi sendo formada e, Ô Gloria!!! foi agraciada com nossa interação. O pouco tempo que vivemos juntos terá sido suficiente para iluminar vários e tantos recônditos de minha alma sôfrega, Falha; Inútil.

Mil existencias seriam necessários para poder sintetizar em palavras a grandeza de teu coração, a paz de teu espírito, a beleza de teu sorrriso, assim como todo o conjunto da divina obra que és.

Um dia menina, teremos a resposta para esse desencontro de almas, para essa distancia infinda; para essa impossibilidade terrena.

Até lá me resta aproveitar-se de você e de toda a energia boa que eu tal qual um morcego repugnante te sugo.

Até lá resta-me envelhecer e colher todas as resultantes de todas as escolhas feitas, plantadas e sacramentadas no tempo ido que já não volta mais.

Teu colo, teu olhar; teus carinhos...

Que mister!

Ainda hoje sinto a ponta de teus dedos em minhas maos e pulsos. até hoje me lembro de teu pescoço ornado com as tranças que de tua boca partiram e que através de minhas mãos já marcadas pelo tempo, nasceu sob teu olhar curioso.

E com tudo isso, e com toda essa carga plenipotencial, termino essas mal traçadas linhas nascidas no meio da angustia desse aremedo de poeta, dessa estagnada alma romãntica, retalho do que poderia ter sido e nunca será.

Termino apenas te falando o quanto fostes, és e serás especial por todos os dias que ainda me derem para caminhar sobre esse solo que clama por me engulir, deglutir. E assim voltando ao ventre atômico que me gerou, talvez outra existencia se desdobre, se descortine trazendo uma nova chance de nos encontrarmos novamente.

em tempo:

Marcelo Silva - Pernambucano de Caruaru, exilado de mim mesmo em Piracicaba-SP. Abandonei covardemente raízes, alicerces, família, esposa e filhos na busca fútil POR NADA. Hoje sou um arbusto seco, estéril e solitário neste deserto sem vida poética chamado sul-maravilha. De tantas experiências, de tantos aprendizados, de tantos caminhos e escolhas pela vida afora, hoje nem sei mais quem eu sou. Sei apenas quem eu fui e o que poderia ter sido quando joguei tudo fora, esquecendo de princípios básicos e freios humanos e morais. Filosofia? Só se for com utilidade... Amigos? Só se for para sempre... Trabalho? Só se for AGORA... Amor? Só se for todo dia... Tenho deixado marcas pelas trilhas da vida, porém nem todas belas; aliás: a maioria delas são bem negras. Mas até as pedras se movem, e a vida muda; e nesse mudar alguns falam que mudei... Não sei! estou dentro de mim mesmo, não me enxergo de fora. Eu sou a flor da urtiga, atrativo e perfumado (ironicamente venenoso). Minhas sementes eu lanço nas pedras, são difíceis de morrer (esquecer). Meus galhos se entrelaçam na vegetação próxima, defino (manipulo) os caminhos alheios. Em minhas raízes está o segredo de todo o meu restante.

Piracicaba, 29 de novembro de 2013
Percebendo que as coisas passam e o momento se perde. Tomando para mim a ciencia do fato de que não é que o universo me queira infeliz, ele apenas protege pessoas boas contra meu amor tóxico.

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