quinta-feira, 13 de março de 2014

Interlúdio entre a tempestade e o sol

Interlúdio entre a tempestade e o sol

Hoje vi uma amiga desolada por conta de uma tempestade interna que a abalou e a deixou fragorosamente pra baixo. Pude observa que uma terceira pessoa tentou acalmar seu momento com a frase “depois da tempestade, vem o sol!”

Sim... Depois da tempestade sempre vem o sol... só que entre eles sempre tem MUITA lama também...


e a roupa que ficou no varal...
e a roupa que não ficou no varal e caiu no chão sujo...
e a roupa que não ficou no varal e não caiu no chão sujo, foi levada pelo vento...
e cachorro molhado....
e calçada cheia de folhas...
e um monte de coisas que a tempestade deixa como lembrança...

Compreendem que é justamente na espera pelo sol, ao nos apercebermos que finda a tempestade, que notamos o estrago feito?

Aí o sol já chegou, mas a lama, as folhas, os estragos e o cheiro de mofo estão ali interpenetrados, amalgamados nas nossas entranhas. Extasiados observamos o tamanho do estrago!

Mesmo com o sol lindo e vicejante lá no alto, nossa vida está mergulhada nos escombros lamacentos da procela que a tudo bagunçou. O som dos trovões ainda ecoam na nossa mente, os clarões dos raios ainda estão estampados no fundo de nossas retinas!

É a hora difícil, é a hora de lamber as feridas, pois na hora do qüiproquó da tormenta, tínhamos que ser fortes e não podíamos pensar em nada a não ser sobreviver!

E depois?

Depois fica a lambeção de feridas, a constatação do estrago, a aceitação do caos.
É a hora de arrumar a tua casa interior, abrir as janelas, lavar tudo e aproveitar enquanto estiveres remendando sua colcha de retalhos chamada VIDA, para refletir e vê se aprendes a não cair mais na mesma armadilha.

Uma opinião: a gente sempre cai de novo... Varias vezes... Até criarmos vergonha na cara... é fato...

Mas não se deslumbre porque o sol chegou e a tempestade se foi, essa é uma hora complicada. É a hora de rever-se e reconstruir-se. esse é um momento preocupantemente difícil!!!!

o suicídio começa justamente quando o sol desponta depois de uma amarga noite,eu sei bem disso...

Gostaria de não saber, mas sei...

Marcelo Silva
13 de março de 2014 , 10:18 da manhã

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